10 de dez. de 2007

AGONIA

Adeus amada,
Leva contigo o amor que comigo habita,
O calor que não pude contigo repartir,
Esta dor que me confunde a alma,
E os desejos que não tiveram tempo de florir.
Adeus amada,
Leva contigo minha inspiração de poeta.
Tu que me ajudastes a construir frases,
a juntar palavras,
Leva contigo esta vontade de poetizar,
Que me morre com a rima inacabada
e os temas emudecidos.
Adeus amada,
São tantas coisas que se vão contigo,
São tantas que ficarão por fazer,
Que se for cobrado amanhã,
Por ter esmorecido minha poesia
E assassinado os meus versos,
A ti caberá também este infortúnio...
O ter calado o poeta.

Albertino Fernandes (Pensa-me)

Nenhum comentário: