7 de nov. de 2007

SOLITUDE

Naquele gorjear
Rouxinol ao pôr-do-sol
Naquele chilrar
Canário no campanário
Naquele clarinar
Sabiá ao deus-dará
A ilusão de cantar
Elegia de ser solitário.

Ai, cotovia do meio-dia!
Esse desterro, agonia sem-par
Asas abertas no descampado
Coração egresso, acabrunhado
Do desespero de muito esperar
Ao vagar de tempo sem fim.

Vendavais rasantes, fel de vulcões
Terremotos, cheias, temíveis trovões!
Ruflos de arranha-céus enfim
Em vai-e-vem de invernos sem cor
Neste inferno de desamor
Do pouco que restou de mim.

Freddy Diblu

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